quinta-feira

Liberdade para sentir...

As palavras que me fogem
pela força da razão
são palavras que se esgotam
em complexa solidão.
Se as oculto ou asfixio,
pelo poder que me cabe
na verdade, medito à porta
que outrora fechada, se abre...
Eu não arrisco nesta história
que é tão minha, e é tão tua
nem trago sombras, na memória
do tempo em que vivi na rua...
Mesmo que viva num sonho
ninguém me impede de voar
os meus gritos são desabafos
que preciso de soltar.
Luto pela harmonia dos seres
em liberdade, no pensamento
do corpo, liberto a alma
da voz, o conhecimento.
Aprendo a vida a cada instante
com respeito e devoção
não me evita no entanto
de cair em tentação.
Não tenho asas de sonho
nem corpo de mulher fatal
tenho a vontade no peito
e um querer tão normal.
Mas na hora, da livre consciência
e de agir, em desvantagem
valem-me os gritos emudecidos
não pela honra, mas por coragem.
Não sou melhor que ninguém
nem pior que a maior parte
do ódio, nem o desprezo guardo
Mas ao amor, transformo em arte.
Estas são as palavras que tenho
e pouco mais, posso deixar
é a liberdade que transmito
não sentiste? pois...Azar!
Coragem