quinta-feira

Que me perdoem

Porque é tão fácil falar, escrever e cantar sobre amor quando se perdeu. Quando se acabou, quando já não é correspondido. Quando restam as lembranças, quando o coração quase se recusa a viver. Quando a dor insuportável então surge. Serão mais simples de expressar as palavras da ausência que da permanência. Porquê?
Que me perdoem, mas não tenho memórias da ultima vez que amei com dor, um amor ausente, inexistente, viver apenas de lembranças... Que me perdoem também escrever tanto sobre ele, este sim um assunto que eu domino, são quase 20 anos, não 20 dias...entendem?
Se eu vivo um grande e pleno amor, é hoje que eu o quero felicitar, cantá-lo bem alto, senti-lo delineando-o na minha alma...
Falar dele como presente e nunca como passado, se eu preservo o amor que tenho, foi alimentando-o diariamente, cuidando, acarinhando, dizendo-lhe: "AMO-TE" sempre que tenho vontade.
Se eu hoje sou feliz porque amo e sou correspondida, se é hoje que eu sei descrever a felicidade e não recordá-la, então é agora, que a minha voz soa mais alto.

Coragem*