sábado

Traição virtual (pura ficção...ou talvez não)

Recebi por email esta fictícia história(suponho), a qual resolvi postar aqui no blog, por achar deveras interessante e por se assemelhar a tantas outras, e da qual podemos retirar algum ensinamento...(Peço também desculpa pela linguagem não habitual, mas quis transcrever tal qual o original)...Coragem
* * * *

"...Voltas e mais voltas e o raio do sono não aparece …Dou voltas na cama , enrolo o edredão , arranco os lençóis e nada... não resulta.

Levanto-me , mordo uma maçã , fumo um cigarro , e nada... Ok vamos lá aproveitar e adiantar uns papeis , ligo o pc e papeis nem pensar, não estou para ai virada..

Apetece-me falar com alguém, faz mais de dois anos que fui pela primeira vez a um chat ,mas sinceramente deixou de me atrair este mundo virtual.

Falei com pessoas de diversos lugares, conversas intermináveis com supostos “amigos” como eram chamados aqueles com quem conversava mais de uma vez.

Gosto de conversar, algumas vezes parece que entramos na alma das pessoas...
O meu marido às vezes ficava enciumado, mas logo o acalmava com palavras de amor, sinceras.

Os amigos virtuais preenchiam a minha incessante busca pelo novo. Cada vez que trazia um novo amigo para a minha rotina atrás da tela, sentia-me renovada, mas um dia acabou, perdi a vontade, vamos ver como corre hoje...

Entro na única sala que conheço, sei que vai ser igual a todas as outras vezes, e rapidamente vou dormir... Ligo e pisca uma janela, em vez do tradicional boa noite ou do olá disse: Estava à tua espera...

Incomum, perturbou-me as primeiras frases trocadas. Na primeira vez, conversámos por mais de três horas.
Como me podia sentir assim por um estranho? nervosa, curiosa, enfeitiçada, mal sabia seu nome; aquilo era um “nick ".

Aproveitava o facto de o meu marido estar a trabalhar no portátil o que me deixava completamente à vontade com o (Sérgio).

Os dias se passaram e eu não conseguia evitar o contacto diário com aquele amigo virtual .
Trocámos e-mails e passámos a enviar mensagens regularmente, o (Sérgio) escrevia poesias lindas, falava sobre os grandes nomes da literatura com desenvoltura.
Comecei a fraquejar, impressionada com o conteúdo do (Sérgio). Tudo como nos velhos tempos, quando se seduzia com poesias e cartas apaixonadas.

Os e-mails passaram a ser diários, até que aconteceu o inevitável, descrevia-mos as cenas mais tórridas de amor que alguém já vira, os protagonistas eramos nós mesmos!
Nunca me havia sentido assim... tanta tesão, tão atraída por alguém e a trair daquela maneira, fiz amor virtual muitas vezes, o (Sérgio) conseguia por palavras tocar onde nunca ninguém chegou..

O (Sérgio ) era o homem mais interessante que já conheci. Pensava muitas vezes como gostava de ter a mistura dos dois, o amor que tenho pelo meu marido e o interesse e tesão que sinto pelo (Sérgio)

A situação prolongava-se por seis meses, era tempo demais, sofrimento demais, dúvidas demais, ele dizia que me queria, que me amava. A mim faltava-me coragem, ou sobrava letargia? (porque sabia que não era amor o que sentia por ele).

Concordei com o encontro, por coincidência o (Paulo) o meu marido tinha um jantar com amigos nessa noite, ou seja era ouro sobre azul... Nessa noite vesti-me a rigor, tentei ficar bonita(que não sou) interessante já ele dizia que me achava...

Banho demorado, coloquei o meu melhor vestido, o meu perfume preferido e saí a pensar na noite supostamente maravilhosa que estava à minha espera...
Óbvio que não sou completamente idiota, e não fui vestida exactamente como lhe tinha dito , e os nossos "nomes "ainda eram os nicks do primeiro dia.
Pego no carro e lá vou eu...

O sitio escolhido foi um restaurante no Oeiras parque,(queria ter gente por perto...)
Paro o carro para retocar a maquilhagem , e lá vou eu confiante, o (Sérgio ) tinha dito que ia ter uma rosa na mão...

Subo as escadas rolantes a correr, estava irrequieta...olho o relógio, já estava atrasada 10 minutos...
Aproximo-me do local combinado, só tinha olhos para o meu (Sérgio) o homem que me deixava doida...procuro um homem com uma rosa ...

-Paulo....? tu... o que estás a fazer aqui, não tinhas um jantar com amigos?
-Maria... tu por aqui... (corou)
-Como estava sozinha resolvi vir ao cinema...
- E essa rosa...?
-O jantar foi adiado, tinha uma mensagem no telemóvel mas só reparei nela ao chegar aqui...A rosa, comprei para ti...

-Ia agora mesmo pra casa.
-Maria...
-Sim...?
-Já que estamos aqui, jantamos..?

A puta da vida tem destas coisas..."