A nossa vida, é sempre tão fácil para os outros, não é?
Quais compromissos, quais tempos limitados, quais cumprimentos de horários laborais.
Para muitas pessoas (Directoras de Instituições), pouco ou nada importa, senão levar a cabo os seus objectivos. É ao mesmo tempo engraçado, senão vejamos; Fui desvinculada de Mãe de acolhimento, fui também desvinculada de Tutora legal, fui até desvinculada de apenas, Mãe...
Apartir desse momento apenas me é exigido tempo disponível, não interessa como, nem porquê, tenho apenas que demonstrar aos outros, que continuo interessada em alguém, lutar por quem me foi retirado...Estranho, por enquanto vou lhe chamando de estranho até digerir o assunto por completo.
No fundo a família, é a única a ser penalizada por um erro, que sempre lutou por não o cometer.
Faz-me confusão, visitar uma filha numa Instituição, que mais se parece com uma prisão e, o que mais me incomoda, nem sequer é o facto de ela estar a "adorar" mas sim, ter uma permanente funcionária nas ditas visitas e, me agrupar com as demais Mães negligentes, que por força de um qualquer "acaso" se viram sem os filhos. Estas Mães biológicas, podem ficar sem comparecer 2 meses nas Instituições onde os filhos foram colocados, que o caso não se torna grave...No mínimo normal. A mim, fizeram questão de, nem um nome poder utilizar, em relação ao grau de afinidade. Sou, diria quase insultada, via telefone porque, hipoteticamente, não a poder visitar 3 vezes por semana e ligar diariamente.
Fui completamente chantageada emocionalmente... -Se acha que tem coisas mais importantes que a Ana, então não apareça... -Vinha na ficha da Ana, que os senhores, se importavam com ela, sendo assim... -Não me fale em horários laborais, também os tenho, portanto... -O seu marido pode perfeitamente interromper uma investigação, não entendo... Não seria o natural, aceitarem e porque não valorizarem, tudo o que ainda quero e posso dar a esta menina. Ou sou eu, que ainda ando um pouco aos papeis com esta triste história? Realmente anda aqui a passar-se qualquer coisa, que ainda não entendi.
"Quero acrescentar, que a Ana se encontra muito feliz na sua nova "casa". Foi-lhe colocada a questão de um dia poder regressar ao lar, ao que ela respondeu, facilmente: -Não sei"
coragem