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"Não sei viver sem mentir...Não me importo com ninguém...Sou para ti, aquilo que tu queres que eu seja, nunca aquilo que eu sou, nem faço ideia de quem sou, vivo, como se fosse sempre uma personagem de um livro...Sou capaz nas calmas, de magoar aquele, que o meu "melhor" amigo, sugeriu que o fizesse, mesmo sendo uma pessoa que me quer muito bem...Mudo de melhor amigo, sempre que me convém.
Vou com qualquer pessoa, que me queira levar...Sei mentir-te nos olhos, com a maior frieza e, mantenho essa mentira, até não provarem o contrário...Tudo, absolutamente tudo que faço, é apenas a pensar em mim, pouca ou coisa nenhuma me comove, a não ser eu mesma...Durmo todas as noites um sono tranquilo, sem sequer pensar, em tudo o que fiz ou disse, no dia anterior.
Tomei comprimidos para morrer (*mentira), porque fui desmascarada, por várias pessoas ao mesmo tempo, e a mentira não se susteve de pé"
(*comprovada a mentira)
Foram estas as palavras, que consegui obter da minha "filha", quando lhe pedi, quase em forma implorativa, que me explicasse PORQUÊ, o motivo de uma vez mais fugir de casa.
É extremamente difícil, lidar com uma situação destas, suponho que seja uma patologia, com a qual ela vai ter de lidar para o resto da vida...Eu ??NÂO!!! primeiro, porque agora já não depende só de mim e, segundo, porque tenho a certeza que dificilmente terá solução, lutei por uma causa, sempre pensando conseguir ser útil. Lamento...Desisto!!!
Falta de coragem????
