domingo

Laços que não quero cortar

*
Já não vejo a Ana há 11 dias, a saudade vai apertando como um nó, que vai doendo lentamente.
Sinto a falta dela, do espaço que ocupava, a casa apesar de calma, tornou-se grande demais, sinto-lhe o vazio, na sua cama, no quarto, até da voz insegura que sempre transmitiu.
As aulas começaram, e com isso fecharam as hipóteses de a ver durante a semana, aguardei uma ligação da Directora, mas deve ter estado ocupada demais para mim, para nós.
Não se pode telefonar para a Instituição após as 18 horas, antes disso não termina ela as aulas, também ainda não está definida, a autorização para ela me ligar.
Tentei ir -la este fim de semana, toda a equipa técnica estava ausente, pedido recusado. Por lapso ou talvez não, os educadores de serviço, não tinham autorização para que ela pudesse receber qualquer telefonema.
É difícil compreender estas regras que a meu ver são rigorosas demais...Sinto que me tentam cortar o elo que ainda nos une.
Sinto-me triste, impotente, por tentar e não conseguir...Gostava de lhe dizer que não a esqueci, que sinto a falta dela e, que a saudade ocupou um espaço enorme , por ela deixado.
*
coragem
*