No meu peito, sinto o coração bater velozmente, descompassado, adulterado, com pressa imposta pelo destino...
Vai magoando devagar, marcando o tempo da hora exacta, como uma chegada anunciada. E eu, que vou mantendo calada a voz que me quer rasgar o peito.
Dou-lhe o som do silencio para parecer que nunca existiu. Não vou gritar por socorro, prefiro calar...O que nada tenho para dizer.
Resta-me que ele serene, neste tempo que ainda me resta. Desta forma que aprendi a superar o descompasso, que me troca as letras escritas, por aquelas que queria escrever.
Às vezes imagino como seria se ele deixasse de bater em mim. Parasse, como vai parando a voz, que já nem sei se grita, por onde grita e porque grita.
A dor que se afunda nas palavras que escrevo, é tão minha, somente minha....nelas me encontro, nelas me vou perdendo ... Mas são elas que ainda, vão chorando e falando por mim.
coragem