segunda-feira

Coisa de miúdos?

Tinha eu uns ingénuos 8 anos de idade e num pedaço de papel "semi" amarrotado, (sim porque sempre gostei das coisas minimamente arranjadinhas na minha vida) escrevi naquele dia, que o amava muito... Era concerteza na altura o grande amor da minha vida. Disposta a casar se fosse a vontade dele (lol).
A minha primeira declaração de amor foi anónima.

Ele, com um ar imponente que um simples miúdo de 9 anos podia ter, respondeu-me a canivete cravando estas palavras numa árvore, (romantismo). "Eu a ti, quem quer que sejas (toma que é para aprenderes) amo-te a cagar no deserto".
Verdade! Juro que até hoje ainda não me recompus, penso na frase resposta, sem chegar ainda à conclusão, que raio o miúdo queria dizer com aquilo. Acho que vivo desde o momento, a maior angustia da minha vida, um tremendo trauma.
Anónima nunca mais. Persiste até hoje a grande duvida... Como seria hoje se eu tivesse assinado a treta da carta? Ah pois é!
Coisa de miúdos. Ou nem por isso?

Coragem