segunda-feira

Calar...Apenas sentir

No meu ventre não germinaste,
Semente de lugar desconhecido.
Somos vidas cruzadas,
Enleadas e separadas
Por um cordão que não era meu,
E por um espaço apenas teu.
Sofreste, sofres e não irás esconder nunca
A revolta do teu tempo perdido.
Mas eu, lentamente...
Vou lendo nas entrelinhas da tua vida
A magia de todo o teu esplendor.
Esquece o ventre, se é do coração
Que nasce toda a força de uma paixão.
É amor?
O sangue espiritual que nos corre nas veias?
Ou um misto de esperança e sensatez,
De carinho e pureza,
Afinal qual o sentimento que nos une?
Vale a pena calar, apenas sentir
Sem definições, sem precisar,
Sem querer...
És tu, sou eu...
Somos...
Eu Mãe e tu filho.
(Voltaste para casa e eu estou feliz por isso)
Coragem*