Quando te conheci...
Os meus olhos tocaram nos teus,
senti-me envolvida pelo perfume da tua pele
e dele respiro até aos dias de hoje...
A fragância era forte, mas doce
como o cheiro do mar,
quando nos embala pela manhã.
Ou das flores silvestres que nos acalmam,
num fim de tarde de Outono.
Quando te vi pela primeira vez...
Confessei à alma dar-lhe um presente
e ao meu corpo dar-lhe o teu.
Desejei que as nuvens
das tardes cinzentas partissem
para não mais sobrevoarem o meu céu.
O coração, esse, nada pediu
a não ser a paz que lhe dei,
ao dares-me a tua mão.
A mão que me afaga o cabelo,
quando me vês sofrer
e as palavras que dizes
para me acalmar...
Não há amor que queira partir
por entre os nossos dedos,
pela união de um imenso carinho
que sobrevive a batalhas constantes.
Mas o teu cheiro... continua
impregnado em mim e não quer sair
lava-me a alma e desperta-me o desejo
que nunca esteve adormecido...
Em ti me aninho ao fugir dos que temo.
Por ti, realizo os sonhos
mais difíceis de alcançar.
Contigo...
Viveria naquela casa de pedra
sem que o sol entrasse...
Porque ao teu lado,
basta-me o brilho do teu olhar...
coragem *
Adenda ao poema
Ao ter lido alguns dos vossos comentários, onde questionavam o "amor e uma cabana" acrescento apenas o seguinte. Encontro-me a passar por uma dificuldade na minha vida, talvez por mim criada, talvez não...Com solução, sem solução...Pouco importa. O importante foi a frase que recebi, imediatamente: "Amor, não fiques triste, juntos, vamos recomeçar, do nada se for preciso"...
Perante isto...Deixo-vos apenas um beijo
