domingo

Pura ilusão...

Entre nós, e o mar de ilusão
pintado a aguarelas, de uma só vez.
Trocadas as viagens e desejos,
de sonhos sombrios e acomodados,
pelos devaneios de uma mente
em constante, evolução.

E foi por alguma razão, que eu,
cortei o laço, que nos une ao tempo.
Este tempo, que agora me escapa
por entre todos os sentidos,
da palma da minha mão.

Mão raiada com marcas da vida,
de perdas e memórias,
de sonhos e glórias,
de batalhas vencidas
e perdidas, pela exaustão.

Esgotada de todas as forças,
unida somente pela coragem
do nome, atitude e lembrança.
Não quero, nem vou resgatar
todo o sofrimento, que um dia,
eu soube dizer, não!

Não, às portas fechadas,
não, às janelas de par em par,
digo que aceito, o entreaberto
neste total conflito em que me encontro,
por alguma razão.

Fica o vazio, que me preenche a alma
o silêncio ensurdecedor da tua voz.
Nada mais fica, para além das lágrimas
que deixaste marcadas, pelos gestos...
e que eu transformei, em total solidão
E desta espera...
que me fez sufocar no tempo,
e me foi preenchendo o vazio
por ser tão perto e tão longe,
de mim, (de nós).
De toda a imensa distancia
que se tornou, então.

Coragem