sexta-feira

Filhos da madrugada

E com aquele sorriso...
que nem motivo tem, para sorrir
me elevou... deixando-me adormecida,
pelo encanto singelo, puro e inocente...
de quem apenas deseja uma vida segura.
Hoje, ainda penso naquele sorriso...
em tantos sorrisos ternos e doces
que a vida vai tranformando
tantas vezes em meninos de rua
filhos da noite e do desespero.
Crianças que a vida leva e trás
sedentas de um pedaço de pão
mas muito mais, de amor... e carinho.
Filhos de um tempo perdido
de uma madrugada esquecida
filhos de todas as Mães e de nenhuma
Um dia irei partilhar contigo
tudo o que tenho e sou...
Nesse dia sentarás no meu colo
já esquecido de como se embala
Mas que o tempo não apaga
a vontade de ser Mãe...
Só mais uma vez.
*
(sejas tu quem fores, podes esperar por um tempo que, de certeza virá, logo que seja possivel, numa qualquer instituição, irei te buscar...)
coragem