terça-feira

E o que eu faço agora?

"...Para os pais, é o tempo de se confrontarem com a inevitabilidade de que, num futuro próximo, os seus bebés deixarão de vez o ninho.
A par do desejo que todos os pais têm, de que as suas crianças se autonomizem e sejam capazes de voar, surgem os medos de não poder proteger, de não poder antecipar os perigos. Começam a emaranhar-se. É bem mais simples ajudá-los a andar! Prevenir as quedas, as entorses, as cabeçadas.
Simples, porque acontece no ninho, lugar conhecido e construído pelos adultos. Simples, porque andam, sem que se afastem para além do domínio do olhar dos pais. Simples, porque precisam e querem ainda, o colo e andar de mão dada.
Mas, se todos brindamos à conquista do andar, é verdade que a seguir lá estamos nós pensando, que afinal, o bebé já não está no berço. Onde estará? Em que se lembrará ele de tocar? Não é tão simples, pois não?..."

Não é mesmo nada simples. O que faço eu agora?

Após a minha filha de acolhimento, com 13 anos fugir de casa pela 2ª vez, desaparecida durante 36 horas, fui resgatá-la à própria Segurança Social, uma "Mãe" destruturada a quem ela pediu abrigo, resolveu entregá-la com receio de represálias...Apenas.

Fuga planeada durante uma semana, roubo de dinheiro.

Sem querer chocar os mais sensíveis, miúda com cara de santa e coração de Diabinha. Assistente social tenta convencer a mesma que um lar como o nosso é o melhor para ela, onde nada lhe falta, onde tem apoio e carinho.

NÃO!!! Quero ir para uma Instituição e até lá ficar na casa desta senhora...(nem imaginam o tipo de "senhora").
PARA CASA E É JÁAAAAA (digo eu carinhosamente, imaginem).

Motivo: "Zangam-se muito comigo."

Digam-me por favor, como fariam? Como reagiriam a uma situação destas, optar por mimos ou uma boa palmada? Sim, já tentei o dialogo (durante 6 anos) sem êxito.

Haja Coragem*