Há noites em que o sono se ausenta... Apesar de querer fechar os olhos e deixar para amanhã o que me tornou o dia nublado, não consigo. Há forças irreconhecíveis nestas noites, que me vedam a paz e o sono tranquilo. E depois percebo, que afinal o que quero mesmo é que o dia seguinte, não chegue à mesma velocidade que normalmente acontece.
O silêncio torna-se o meu pior inimigo, chego a trocar palavras comigo mesma, para cortar o som infernal, do único que me vai acompanhando...
Como à noite tudo se transforma, não reconheço a minha própria casa, a minha cama que sempre me acolhe. Um espaço, preciso de um espaço que me vai sendo negado pelas noites assim, demasiado longas.
Lembro ainda de pensar antes de finalmente adormecer...Deus, se existe, esteve Ele também ausente. Prefiro não pensar em mais nenhum assunto, que eventualmente me tire mais algumas horas de sono, merecidas.
Coragem
